Encontro reúne vítimas do trabalho análogo à escravidão
O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) participou, na última semana, do 1º Encontro Inter-Regional de Trabalhadores (as) Regastados (as) do Trabalho Escravo Contemporâneo, na cidade de Santa Luzia. O evento foi uma realização do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (CDVDH) Carmen Bascarán de Açailândia, com o apoio do MPT-MA, da Coetrae-MA (Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo no Maranhão) e da Igreja Católica. Participaram do encontro mais de 50 vítimas do trabalho análogo à escravidão, que hoje vivem nos municípios de Santa Luzia, Açailândia, Monção, Tufilândia, Pindaré, Zé Doca, Bom Jesus das Selvas e São Mateus. Na abertura das atividades, o procurador Marcos Rosa lembrou que todo empregador tem a obrigação de tratar o trabalhador como pessoa humana. Ele também ressaltou a necessidade de qualificar os resgatados para garantir que eles não voltem a viver situações degradantes. É preciso dar condições para o trabalhador se qualificar para ter um emprego melhor e garantir um futuro melhor para os filhos, disse Marcos Rosa. O procurador foi responsável por uma oficina de prevenção do trabalho análogo ao escravo, no qual explicou o papel do MPT e de outras instituições no combate a esse mal. Cadastro Durante o Encontro, os trabalhadores responderam a um questionário, no qual informaram quais cursos de qualificação gostariam de fazer. O objetivo do Centro de Defesa é buscar parcerias para ofertar os cursos aos resgatados. Novo Centro de Defesa O evento marcou também o anúncio da criação de um Centro de Defesa na cidade de Santa Luzia. Uma sede será construída com recursos oriundos de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre o MPT de São Paulo e uma construtora. Havia maranhenses trabalhando na empresa e, por esse motivo, a procuradora Christiane Nogueira destinou recursos para o Maranhão, explicou Antonio Filho, do CDVDH.
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.